Você quem manda
– Oi, amiga. Você pode providenciar uma rodada de 4 chopps, por favor?
Nicole vinha se perguntando a cada segundo o que diabos estava fazendo naquele bar com os colegas depois de uma extensa semana de trabalho. Bom, sua opinião mudou no exato momento em que seus olhos bateram na bargirl distraída atendendo um cliente do outro lado. Ela se virou e sorriu educadamente.
– Ah, o pessoal dos 4 chopps. Vocês estão na mesa 12, não é?
Nicole olhou para trás, mas o pessoal estava distraído demais. Puta merda, a mulher era linda!
– Sim, mesa 12, eu acho.
– Eu vi você daqui, fiquei me perguntando quando viria buscar – ela deu de ombros e ofereceu a mão. – Letícia.
Certo, claramente ela estava flertando. Apertou a mão dela, o contraste perfeito das peles.
– Eu sou Nicole – seus olhos se encontraram, verde com castanho. – Gostei das suas tranças.
Nicole não era muito boa em flerte, não era um dom natural, mas na maioria das vezes o conjunto de cabelos ruivos e olhos verdes ajudavam na hora da conquista. Talvez por isso a investida da bargirl. Trocaram algumas palavras enquanto ela enchia as canecas e, ao final, ela perguntou:
– Eu saio daqui uma hora, quer sair para beber em outro lugar?
– Claro, por que não?
– Então eu te encontro daqui a pouco lá fora – ela piscou um dos olhos.
Normalmente não faria algo assim, a bebida ajudou bastante na decisão espontânea. Avisou aos colegas que precisava ir embora mais cedo, sem detalhes, e se encontrou com a garota do lado de fora como combinado. No fim de tudo, de toda conversa enquanto bebiam, acabou convidando-a para seu apartamento.
Mais um ponto para a bebida.
Os beijos aconteceram logo após entrarem no elevador, um segundo depois de Nicole apertar o botão do nono andar. Letícia era um pouco mais alta e mais forte. Quando viu, ela já estava sobre seu corpo, os lábios nos seus, as línguas se entrelaçando. Nick tentava aproveitar ao máximo o momento. Mordeu o lábio inferior dela e a beijou de novo, as mãos passeando pelo corpo cheio de curvas. Teve vontade de beijá-la desde o momento que seus olhos bateram nela.
As portas do elevador se abriram e as duas caminharam aos beijos em direção à porta, que Nick abriu enquanto os lábios carnudos exploravam sua nuca. Ao entrarem, a ruiva não se preocupou em acender as luzes. Foram caminhando agarradas até o sofá, onde a empurrou de leve para em seguida se sentar no colo dela. A bargirl a olhou nos olhos, uma intensidade em igual.
– Você fica muito gostosa com essas roupas – ela disse, acariciando o corpo esguio por cima do conjuntinho social azul marinho.
– Estou de uniforme – Nick riu. – Mas que bom que você gosta. Não quer tirar?
– Ah, eu vou tirar sim, pode deixar.
Mas ao invés disso, Lê voltou a beijá-la. As mãos com unhas pintadas de azul claro foram de encontro ao primeiro botão do blazer da executiva, desfazendo um por um até retirar a peça enquanto as bocas não se desgrudavam. Os dedos escorregaram pela pele clara e cheia de sardas, descendo pelos ombros, pelo braço, conhecendo e explorando cada pedacinho recém descoberto.
A saia de Nicole tinha subido com a posição, deixando a calcinha de renda preta a mostra. Vez ou outra, as mãos da bargirl desciam até as nádegas e as apertavam. Nick estava com tanto tesão que começou a rebolar no colo dela, buscando mais atrito entre os sexos ainda cobertos. Gemeu baixinho quando Letícia deixou seus lábios para se apoderar do pescoço, enchendo-o de beijos e mordidas, a língua traçando um caminho de subida até a orelha, onde ela chupou o lóbulo, causando-lhe arrepios.
Mesmo estando por cima, Nick puxou o vestido preto para cima e, com a ajuda de Letícia, o tirou do corpo dela. Aquela mulher era magnífica. Voltou a beija-la, brevemente dessa vez, e mordeu o queixo dela antes de começar a explorar aquele corpo. Queria experimentá-la, estava ansiando por isso. O sutiã comportava perfeitamente os seios fartos. Nicole mordeu um mamilo por cima do tecido e a ouviu suspirar, mas não parou ali, seguiu descendo explorando a pele arrepiada pelos beijos.
– Você está com pressa, é? – Letícia indagou, mas gemeu quando sentiu a língua quente passando por cima do tecido da sua calcinha. – Eu não estou reclamando, pode continuar.
Como se Nicole precisasse mesmo de um pedido para isso. Com fome e desejo pelo corpo da outra, puxou a calcinha branca para o lado e abocanhou o sexo pulsante sem mais delongas. A bargirl gemeu outra vez, jogando a cabeça para trás no encosto do sofá. Ajoelhada de frente para o estofado, com a cabeça entre as pernas da garota, Nick chupava com vontade.
Letícia sentia todo o corpo estremecer a cada vez que a língua subia e descia por toda a extensão de seu sexo. As mãos de Nicole não ficavam paradas. Ela apertou seu seio direto no mesmo instante em que penetrou a língua. Não conseguiu conter o gemido.
Então alguém acendeu a luz da sala.
Ambas tomaram um susto tão grande que Nicole caiu para trás. Espantada, a bargirl puxou rapidamente o vestido recém tirado e cobriu o corpo, fechando as pernas.
Parada de frente a porta, estava uma garota baixinha com óculos de grau. Os cabelos escuros estavam presos em um rabo de cavalo alto. Ela estava claramente alcoolizada.
– Que isso na minha sala?
– O que você está fazendo aqui, Raissa?! – Nicole esbravejou. – Você disse que não ia voltar para casa hoje!
– Não deu muito certo lá e…
– Eu pensei que você fosse solteira – Letícia já ia colocando o vestido quando a ruiva a segurou.
– Ei, ela não é minha namorada. É minha melhor amiga, essa vagabunda.
– Vagabunda é você que fica se esfregando na nossa sala.
– Certo, gente. Eu acho que deu a minha hora – a garota parecia realmente muito constrangida.
– Não precisa ir embora. A culpa foi minha por chegar de repente – Raissa revirou os olhos e foi em direção a cozinha. – Eu vou pegar um vinho para vocês.
Logo ela voltou com a garrafa e duas taças. Letícia parecia mais tranquila depois daquela confusão toda, tanto que soltou:
– Por que não bebe com a gente?
– Não sei se isso vai dar certo – Nicole fez uma careta. – Bem, claramente ela não é minha namorada, mas a gente se pega de vez em quando.
– Eu não vejo problema nenhum nisso. Só fiquei receosa porque pensei que ela fosse sua namorada e que você estivesse traindo ela comigo.
– Então vamos beber. Vou buscar uma taça pra mim também.
Letícia estava mais à vontade com as duas do que acharia que fosse capaz. Beberam juntas enquanto jogavam conversa fora. Os assuntos foram se tornando cada vez mais ousados, com perguntas sobre o que cada uma gostava na hora do sexo e coisas parecidas. Tinha gostado de ambas, uma era mais bonita que a outra. Conforme ia bebendo, tinha mais vontade de ficar com as duas.
– Você já sabe que a gente fica de vez em quando – Raissa disse de repente e bebeu um gole devagar do vinho. – E vocês duas já ficaram. Acho que eu estou saindo na desvantagem aqui, sabe?
– Como você é cara de pau, garota – Nick riu. – Mas se ela quiser, pode te beijar. Não vejo problema nenhum nisso, vou até gostar de ver.
Letícia também riu e apenas deu de ombros, o que para Raissa valeu bem mais que um convite. A baixinha se aproximou com a taça na mão – as três estavam sentadas sobre o tapete – e, com a mão livre, pendeu os dedos sobre a nuca da bargirl a e beijou.
A ruiva ficou apenas parada, vendo as duas em um beijo longo e envolvente. Mordeu o lábio inferior e franziu as sobrancelhas avermelhadas, ficando completamente excitada com a cena. Deixou então que elas começassem a se divertir sozinhas. A cena de duas mulheres se beijando a deixava com bastante tesão.
Raissa e Letícia estavam tão envolvidas nos beijos que não demorou muito para ambas tirassem a roupa uma da outra, ficando apenas de calcinha e sutiã. Os beijos quentes e ousados. Então sua melhor amiga finalizou o contato e a puxou pela blusa branca, lhe dando um beijo também. Obviamente correspondeu na mesma hora, envolvendo a língua na língua que tanto conhecia ao mesmo tempo em que sentia dois pares de mãos explorando seu corpo.
Letícia desabotoou a lateral da sua saia enquanto Raissa subia a blusa. O beijo precisou ser pausado para que a peça de cima fosse tirada. Ao finalizar, se virou para a bargirl e a beijou, segurando as tranças entre os dedos. Era difícil se concentrar no beijo com Raissa a abraçando por trás daquela forma enquanto beijava sua nuca. Estava completamente arrepiada com as duas explorando seu corpo ao mesmo tempo.
– Deita – Ray sussurrou de um jeito rouco e sexy.
Com um suspiro, obedeceu. Assim que deitou sobre o tapete, Letícia terminou de tirar a saia, deixando-a apenas com a peça fio dental de renda preta. Então as duas começaram a dividir as tarefas. Ray tirou o sutiã, Lê a calcinha, as deixando totalmente nua.
– O que vocês… – Levantou a cabeça para olhar.
– Shhh – Raissa colocou o indicador sobre os lábios da ruiva. – Fica quietinha.
Antes mesmo que pudesse falar qualquer coisa, a bargirl começou a chupar e a lamber seu sexo. E para piorar, a melhor amiga decidiu dar total atenção aos seus seios. Chupando, lambendo, massageando, apertando os mamilos entre os dedos. Todo aquele jogo de sensações estava levando-a a loucura. Todo seu corpo tremia com os estímulos causados por elas. Nicole estava ofegante e já não sabia se podia se aguentar por tanto tempo.
– Não deixa ela gozar agora – Ray avisou a garota, que parou os movimentos.
– Não…
– Senta no sofá, Letícia – ela obedeceu mais uma vez.
Ainda ofegante, Nick se sentou sobre o tapete e recebeu um selinho demorado da melhor amiga. Seus olhos se encontraram e ambas captaram um sentimento antigo que tinham em comum, mas que nenhuma das duas deixava estragar a amizade que carregavam por tanto tempo.
– Agora é você quem vai chupar ela – a morena avisou. – E eu vou fazer você gozar.
Se tinha uma coisa que Nicole apreciava na melhor amiga, era a pegada e a confiança que ela tinha no sexo. Cada ordem dada fazia seu corpo inteiro estremecer de prazer. Por isso apenas ficou de joelhos e obedeceu as ordens, levando a boca diretamente ao ponto pulsante da bargirl, que gemeu logo ao primeiro contato.
Estava praticamente de quatro quando Ray encostou o quadril no seu e penetrou dois dedos de uma única vez. Nick gemeu contra o sexo de Letícia e chupou com ainda mais intensidade, causando mais gemidos na garota. Era difícil se concentrar com um par de dedos entrando e saindo rapidamente daquele jeito, ainda mais quando Raissa beijava suas costas e acariciava–lhe o seio esquerdo enquanto estocava cada vez mais fundo.
Raissa empurrava o quadril contra os dedos, intensificando os movimentos. Os corpos estavam suados pelo esforço. Não seria difícil chegar ao orgasmo somente de ver a melhor amiga naquela posição tão vulnerável e chupando outra garota ao mesmo tempo.
Como já esteve perto do orgasmo antes, Nick não demorou para gozar dessa vez. A melhor amiga a segurou firmemente pela cintura enquanto os dedos continuavam a movimentação. Nicole gemia e tentava continuar a chupar a garota sobre o sofá, mas estava praticamente impossível.
Mas Letícia também gozou, somente em ver a ruiva se desfazendo em um orgasmo intenso. Só de saber que teve parcela de culpa nisso, Lê ficava ainda mais excitada. Foi impossível segurar os espasmos que vieram a seguir. A ruiva aproveitou a chance para lamber toda a área, causando-lhe ainda mais prazer.
– Que tal mais uma rodada? – Raissa perguntou para as duas, antes mesmo que elas pudessem se recuperar.
(…)
Já era de manhã quando Raissa entrou embaixo da ducha de água quente. Estava ensaboando o corpo quando a porta abriu. Nicole estava parada, nua, os cabelos vermelhos e levemente ondulados jogados por cima dos ombros.
– Bom dia – disse ela, com um leve sorriso.
Ray suspirou com a visão.
– Bom dia. Acordou cedo hoje.
– Sabe – Nick se aproximou e abriu a porta do box. Era mais alta que a morena e gostava disso. – De madrugada você não gozou… eu estava pensando se podia fazer algo a respeito disso.
– Ah, é? Pensei que quisesse ficar com sua nova amiguinha – a morena fez um bico.
– Está com ciúmes? – Nick beijou o pescoço alvo. – Ela precisou ir embora correndo, disse que tinha umas coisas para fazer. Deixou o telefone com a gente.
– Você vai ligar para ela? – Os olhos escuros encontraram os verdes.
– Você quer que eu ligue? – Beijou o ombro molhado.
– Acho que não…
– Você quem manda – dito isso, Nicole a beijou.
Conto erótico by Swann