Trocar o certo pelo delicioso
Rodrigo sempre foi um homem atraente na minha concepção. Moreno, olhos claros, poucas palavras e um sorrisinho carioca que sempre levava as mulheres na manha. Foi assim que, sem muita dificuldade, conseguiu fazer uma das minhas melhores amigas e vizinha, a Clara, ficar com ele.
Achava-os um ótimo casal. Sempre os convidava para tomar um vinho comigo e meu namorado e sempre conversávamos de tudo na maior confiança. Numa noite dessas, depois do álcool ter entrado, a minha amiga acabou por confessar algo que mudaria e muito a nossa relação.
— Se você quisesse eu trocava o Rodrigo no Henrique uma noite também. Seu namorado é gostoso — Me dissera é dividida entre a curiosidade do também e a repreensão acabei deixando a mulher falar o que quisesse.
Clara acabou me comentando que tinha um tempo que ela e Rodrigo estavam experimentando coisas novas. Primeiro convidaram uma mulher, depois fizeram com um homem, mas a aventura mais deliciosa até então havia sido trocar de homem com uma conhecida.
Quando ela relatou tudo em detalhes não sabia se ficava estarrecida ou excitada. Por vergonha do primeiro, acabei optando pelo segundo e depois de afirmar que ela havia bebido demais encerrei nossa noite. Apesar do término do encontro, no entanto, aquilo me atormentou por toda semana até o momento em que não resisti de confessar o que ela me disse ao Henrique.
— E o que você sentiu com isso? Falo de sinceramente mesmo — Ele me disse de maneira calma. Meu namorado era o homem mais compreensivo que eu conhecia, não à toa eu o amava tanto.
— Ela é louca, né? — Falei mas pelo meu tom sequer eu me convenci das minhas palavras. Henrique riu e tocou minha face carinhosamente. No fundo dos olhos negros tinha um fundo de malícia.
— Você ficou curiosa? — Ele perguntou, seu dedo passando pelo meu queixo e chegando a minha boca. O mesmo calor de quando Clara me contou suas aventuras percorreu novamente minha espinha. Pega em flagrante por ele eu soube que não pode mentir e assenti.
A maneira como transamos aquela noite foi das melhores em nossos anos de namoro. No ato ele me disse que adoraria me ver dando para Rodrigo enquanto comia Clara e aquilo só me fez gozar mais gostoso.
No outro dia eu ainda estava dividida entre a culpa e uma vontade acendida. Tanto que ignorei todas as mensagens de Clara, até mesmo as que nos convidavam para outro vinho em sua casa. A evitei por dias, mas houve um que não foi possível mais, foi quando esbarrei com ela no corredor do condomínio.
— Sei que pisei na bola em dizer o que disse para você. Logo para você que sempre foi tão certinha e nunca faria nada do tipo… — E aí foi que fiquei ainda mais vermelha. Como um pimentão, quase perdendo o ar no corredor. Minha amiga imaginou me socorrer ali mesmo, mas só até perceber que eu estava perdendo ar e não era um mau súbdito — Você não pensou nisso, pensou? — Eu não disse nada mais e sai com ela meio atônita no corredor.
Na mesma noite falei para Henrique e outra vez tivemos aquela transa incrível, como a anterior, o que me deixava mais culpada e com mais tesão conforme o tempo passava. Estava enlouquecendo. Tanto que num ato que considero de insanidade acabei aceitando que Clara viesse tomar um vinho aqui.
— Boa noite — Escutei meu namorado cumprimentar enquanto estava me escondendo na cozinha. Henrique estava mais cheiroso e bonito que o normal, havia até feito a barba, situação que também observei no Rodrigo. Algo intencional parecia acontecer ali e poderia estar apenas aguardando apenas o meu consentimento.
— Olá — Clara falou entrando no recinto e se aproximando para me cumprimentar. Reconheci nela o olhar acolhedor de sempre e de repente algo em mim se abrandou a tal ponto que foi fácil voltar para sala para falar com todos.
— Quer vinho? — Rodrigo me ofereceu em dado momento. Os três já haviam esvaziado uma garrafa e eu não tinha tomado um gole — Lembrando que é só um oferecimento… Você pode dizer não e continuar saindo ilesa. Não vai acabar nossa amizade… — Disse o moreno com seu jeito jocoso.
Por um momento entendi que nada tinha a ver com vinho. Clara estava do lado de Henrique e parecia no aguardo de uma resposta. Olhei para o meu namorado e seu semblante era tranquilo como sempre. Era aquela seriedade na medida que guardava o seu fogo incomum. Olhei-o assim por inteiro. Do fundo dos olhos desejosos até o seu pau começando a marcar no seu calção fino.
Aquele safado queria realizar sua fantasia, mas queria que eu desse o passo livre. Senti-me vencida. Não pela vontade dos outros, mas pela minha própria. Pelos meus preconceitos, pelo meu medo, pelos meus receios. Era um arrepio na espinha e um calor incontrolável ao sul do meu corpo. Deixei que me consumisse.
— Quero sim… Adoraria me juntar a vocês nisso… — Falei estendendo uma taça e tendo-a cheia por aquele homem que sem qualquer culpa pude olhar mais demoradamente. Forte na medida ele parecia um príncipe espanhol. Absurdamente gostoso.
E acho que minha amiga tinha a mesma opinião sobre meu namorado, afinal, olhava para ereção dele quase lambendo os lábios. Eu sabia que era uma delícia e estava disposta a deixá-la provar, tanto que me sai da ponta do sofá para me sentar entre os rapazes girando minha taça que tomei quase num gole.
— Acho que o vinho já desceu para alguém — Falei com uma voz mansa e nada afetada pelo álcool. Era apenas resultado da minha antecipação.
— Foi inevitável… — Ele falou recebendo minha mão sobre seu peito e depois meu beijo sobre seus lábios. Um beijo tão indecente que deveria ser censurado, minha língua correndo na sua com tamanha safadeza que ao mesmo tempo que dedicávamos um imenso prazer nos embebíamos dele. Eu estava inebriada e nem era o vinho. Era só um fogo intenso.
Bem devagar desci minha mão por seus gominhos dando uma atenção especial a cada parte bem desenhada, exibindo as delícias do meu namorado para aquela outra mulher sedenta que nos observava. Finalizei o contato com selinhos e com um olhar profundo que foi dele até ela, minha mão repousando bem perto do pau de Henrique.
O homem estava totalmente ereto agora e quase implorava pelo meu toque. Mas não receberia de mim naquela noite. Não com o que nos propomos os quatro. Lambi meus lábios e com apenas um olhar convidei Clara a que se chegasse mais perto. Ela não hesitou nem por um segundo.
Devagar foi até o moreno e me dando um último olhar de confirmação experimentou aqueles lábios que até o momento só a mim tinham beijado. Esperei algo de ciúmes, talvez um único lampejo de que deveria voltar atrás, mas no instante que senti as mãos de Rodrigo afastando meus cabelos eu fui transportada a outra dimensão.
Seu toque era mais áspero que o de Henrique. Era meio ansioso, mais ágil, mas seus dedos faziam uma mágica diferente. Forte e preciso, me derretendo no segundo que segurou minha garganta começando a me beijar pescoço e lóbulo.
— Gostosa… — Sussurrou de forma rouca me fazendo fechar os olhos com a mordida que veio em seguida. Desfrutei em todos os níveis daquele tom safado e de uma mão sua que descia pelos seus ao mesmo tempo que a outra virava meu rosto.
Me encontrei com seu rosto dois segundos depois. No terceiro Rodrigo estava me beijando de um jeito delicioso. Senti ambos os gostos de vinho na sua boca. O tinto que haviam tomado e o pinot noir que compartilhamos, saboreando um pouco daquilo com aquele outro gosto tão novo. Uma língua macia, esperta, afoita e excitante correndo na minha e me chupando o lábio.
Minha atração por ele elevou-se mais naquele ato e eu sabia que não resistiria tão fácil ao dar para aquele homem ali mesmo na sala de casa. Quando terminamos o nosso beijo olhei para o lado para observar a outra cena: Clara estava no colo de Henrique e ele segurava sua bunda, apalpando-a e fazendo-a se mexer sobre seu pau ainda dentro do calção. Ela atacou o pescoço dele em seguida e encontrei o olhar do safado.
Meu namorado piscou para mim e me soprando um beijinho deu um tapa na bunda da garota com quem estava, me incentivando a também ser bem servida por Rodrigo que sem muitas delongas me puxou para um outro beijo ainda mais urgente.
Aparentemente não só eu tinha ficada afetada com a cena. Aquele homem realmente estava arrebatado pela visão que tivera de sua namorada. Movido por aquele desejo insano ele me agarrou com mais afinco e de frente para ele experimentei suas mãos agora em minha cintura.
Dessa vez não esperei que viesse até mim. Segurando seus cabelos cacheados puxei seu rosto para mim e envolvi nossas bocas em mais um encontro extasiado. Sequências de beijos de tirar o fôlego, o juízo diminuindo em cada um, grandeza inversamente proporcional a nossa química que ia aumentando e tomando conta de nossos atos.
Tanto que sem nem dar por mim totalmente acabei saindo do sofá diretamente para o tapete, puxando aquele homem para vir por cima de mim diretamente no chão. Rodrigo veio com um sorriso de quem adorou a proposta e abrindo minhas pernas com aquelas mãos enormes se colocou no meio delas antes de me beijar de novo.
Senti seu pau duro por dentro da calça me tocar e só apertei mais a cintura dele com as minhas pernas, o abraçando como podia com minhas mãos acima da cabeça, presas pelo macho gostoso que pretendia me dominar no ato.
Senti outro arrepio tomar minha pele, dessa vez com o desejo encontrado naquela corrente se concentrando bem no meio das minhas pernas onde Rodrigo fazia questão de se esfregar.
Senti minha boceta se contraindo no seu ato e passei a devolver aquilo com mordidas no pescoço e no seu lóbulo, como ele fizera comigo em outro momento.
— Só deixo você me comer se me fizer antes gozar na sua língua — Desafiei confiante, sendo levada um pouco também pela imagem de Clara e Henrique masturbando um ao outro em cima do sofá. Meu namorado estava com a mão por dentro da calcinha dela conforme recebia uma punheta lenta.
Eu queria gozar na boca de Rodrigo vendo aquela cena e queria eles transassem me vendo gozar. Isso tornava aquela troca ainda mais instigante. Ouvi a risadinha de Rodrigo sobre a minha pele e em seguida sua língua lambendo minha boca. Ele traçou ambos os lábios mordeu meu queixo e foi descendo com rosto e mãos.
Toda vez que seus dedos revelavam uma peça o malandro dava um beijo molhado, um chupão ou uma mordida, sempre descendo um pouco mais e mais. O único momento que ele parou foi quando chegou nos meus seios. Me livrando do sutiã branco de renda que eu usava o homem foi desatacando e me puxando por um momento para um beijo até que saísse a peça do meu corpo.
Quando me teve nua percebi ainda mais acentuada a sua atração por mim. Ele não desviava seus olhos verdes, parecia ter encontrado uma delícia desconhecida e usou disso para começar a me beijar ali. Espalhou beijos, sem tocar o biquinho, me dedicando esse alívio apenas quando percebeu sob meu ombro o olhar de Henrique vidrado em sua ação.
Rodrigo me mamava e de análoga forma Henrique o fazia com Clara. Não era sincrônico, cada um tinha seu ritmo e jeito, mas ambas estávamos sendo levadas a loucura. Puxei os cabelos de Rodrigo ainda mais para mim quando me abocanhou o seio com os lábios bem abertos, fiz com que repetisse, pois aquilo levava ainda mais calor para o meio das pernas.
Ele entendeu e foi me lambendo a mesma medida que o dedo descia para o meio de nós dois. Abri mais as pernas para aquele gostoso e rapidamente senti seu médio esfregar em minha calcinha. Estava de saia justo naquela noite e parecia até premeditado com a facilidade que isso trazia para o ato libidinoso praticado.
Com isso, ele começou a me masturbar ainda vestida pelo tecido e meu primeiro gemido veio sem qualquer vergonha para preencher o espaço. O jeito que Rodrigo começou a circular o meu clítoris, o encontrando em cheio, provocou a personalidade sonora que só aparecia quando eu estava afundada em meu próprio prazer.
E eu estava. Me encontrava imersa numa fascinante névoa de loucura onde o namorado da minha amiga me masturbava com seus dedos largos e sua habilidade surpreendente enquanto Clara estava com o pau do meu namorado entre seus lábios. Era quase surreal, mas se fosse um delírio eu preferia vivê-lo até o fim da fantasia.
— Me chupa — Saiu depois de um gemido e ele não me fez esperar mais. Descendo os lábios até embaixo tirou a calcinha e caiu de boca em minha boceta. Já começou chupando de maneira ávida sem muito carinho, mas com um tesão desmedido que me obrigou a segurar seus cabelos com força para que pudesse rebolar em seu rosto bonito.
Com o tronco fora do chão eu somente cavalguei na sua língua que me recebeu lambendo como um doce delicioso. Rodrigo queria e sabia como. Me perdi em gemidos e percebi como pouco a pouco os meus misturavam-se com os de Clara que se encontrava sentando sem qualquer pudor em Henrique.
Eu conhecia a potência daquele homem e não podia concluir que aquilo era mais que sorte daquela filha de uma mãe. Eu, no entanto, também não estava mal servida. Rodrigo chupava gostoso e estava quase me fazendo gozar desesperadamente.
O interrompi entre o meio e o epílogo apesar da vontade. Precisava sentir o que era gozar no pau dele e somente ali. Queria na posição mais safada, do jeito mais fundo. Assim, puxei seu rosto no meu e sentindo meu gosto beijei seus lábios outra vez.
Ele devolveu em minha língua a minha excitação e eu dediquei meus dedos em seu pescoço que também lambi e mordi. Sua mão vieram diretamente para minha bunda e o incentivei a bater antes que eu chegasse em seu ouvido.
— Você chupa muito gostoso… — Elogiei tirando sua camisa e abaixando minhas mãos para o seu peitoral. Rodrigo tinha bons músculos, mas a diferença do que tinha de costume haviam pelos ali espalhadas junto a algumas tatuagens bem marcantes. Salivei por contorná-las.
— Isso porque não me provou te comendo… — Ele disse envolvendo meus cabelos conforme eu beijava seu dorso. Beijei o espaço, suguei até os mamilos e só finalizei minha rota quando tirei sua calça. Fiquei de frente para sua cueca box bem apertada.
Apertei seu pau por cima e já fui me adiantando em beijar por cima do tecido. A cabecinha escapava pelo cós da roupa e aquilo me dava um tesão tão fodido que fiquei por vários minutos só chupando ali. Era uma glande rosada e proporcional ao volume que ele apresentou.
Senti minha boceta se contrair por ela e aquilo só me instigava a chupar o entorno e depois o que era liberado por ele em forma de líquido. Seu pau era definitivamente grosso então só me restava saber o que ele sabia fazer.
Tirei da minha boca liberando o resto. Coloquei na garganta até quase engasgar, mas não lhe dei o prazer de sentir aquilo por várias vezes. Rodrigo xingou baixo, quase frustrado, mas qualquer sentimento distinto a desejo se apagou quando ele me viu ficar de quatro.
Meus joelhos poderiam reclamar amanhã, mas eu queria e teria aquela transa bem daquela forma. Ouvi o barulho da camisinha se rasgar e foi como um alerta sonoro de que se meu tocasse a sua entrada só se tornaria mais visceral.
Assim, passei os dedos em minha boca e desci até o meio das pernas sentindo logo depois sua glande pincelando a entrada da minha boceta. Ele fez isso até que eu a sentisse totalmente melada por ele, até o cúmulo do meu desespero. Quando Rodrigo entrou eu não pude, por fim, evitar um gritinho de satisfação.
Um pouco tinha a ver com o fato de que todo aquele barulho de sexo na sala estava me deixando fora de mim, mas também tinha algo com o fato de ser uma pessoa totalmente nova. Um mastro mais grosso, igualmente gostoso e que eu nunca tinha sentido.
Era tão devasso e ao mesmo tinha que acontecer de uma forma tão precisa que eu não pude mais que aproveitar o momento quando ele começou a estocar dentro de mim. Eu estava tão molhada que sequer precisou ser lento. Até mesmo pedi para que Rodrigo me fodesse mais duro, como se fosse a última vez que me comeria.
Ele espalhava beijos pelas minhas costas, batia na minha bunda e mordia meu pescoço, juntando seu corpo com o meu até que o suor nos tornasse duas criaturas selvagens. Era uma posição que ele ia bem fundo em mim. E eu gritava gostando daquilo da mesma maneira que Henrique fazia ao gozar com Clara.
Observei meu namorado a jogando no sofá e abrindo as pernas dela para chupar conforme Rodrigo se agarrava a mim, chegando no meu ouvido.
— Você adora né? Tomar pau de um e ver o outro comer sua amiga. Você só tem cara de santinha garota… — Ele provocou tirando minha mão do meu clítoris. Eu estava masturbando lento, mas quando ele veio automaticamente sincronizou aquele movimento com o do seu pênis em mim.
Qualquer controle anteriormente tido se dissipou com Rodrigo me dominando e me dando um prazer que explodiu pouco depois. Gozei apertando seu pau em mim e provoquei o seu próprio orgasmo.
Senti o líquido quente apesar da barreira da camisinha e aquilo só me fez pairar mais sobre a sensação deliciosa daquele homem me invadindo até que saísse a última gota.
Quando terminamos ele caiu de um lado e eu do outro, só para ouvirmos o grito de Clara cinco segundos depois. Eu olhei para ele e nós dois rimos sem qualquer motivo.
Ainda naquela noite eu dei para Henrique, mesmo que isso tenha sido só depois do homem poder se recuperar por completo. Foi outra de nossas transas magníficas. Concluímos que aquilo foi uma loucura, mas nenhum dois parecia querer abandonar aquela insanidade. As vezes tudo o que não sabemos que queremos é nos deixar trocar o certo pelo delicioso…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)