O realizar de uma fantasia
Abaixei o celular com o coração palpitando em nervosismo e sem saber se fizera o correto ao ver a foto do meu ex-colega de trabalho.
Marcelo. Alto, viril e completamente másculo. Gerente da área de Tecnologia de uma das empresas que trabalhei e completamente sensual exibindo seus músculos para as que, como eu, eram admiradoras irrevogáveis.
Tomei coragem depois de umas boas doses de vinho para responder aquela foto numa conversa privada, algo mais ou menos como eu adoraria senti-los pessoalmente e agora ele estava a caminho do meu endereço.
Se alguém soubesse eu seria julgada, mas ninguém saberia se eu não contasse e ele era discreto o suficiente para manter em sigilo aquela noite tórrida que nós dois tínhamos vontade há tempos, mas que reprimíamos pela ética de trabalho.
Sabia que ele me queria porque nunca disfarçou o olhar quando me via passar em meus terninhos formais e eu tampouco tentava esconder que adorava aquela atenção. As devolvia, na verdade, encarando como o blazer abraçava aqueles músculos torneados.
Agora tínhamos aquela liberdade e eu não a perderia em detrimento de pensamentos que sequer eram meus. Me achava decidida, segura e estava com desejo. Muito desejo.
Quando a campainha tocou eu somente me verifiquei uma última vez no espelho. Lingerie vermelha posta no corpo, hobby de seda da mesma cor cobrindo minha pele e cabelos soltos cacheados. O rubor no rosto por conta da dose de vinho que tomei faz dois minutos para ganhar coragem.
— Boa noite Marcelo — Eu disse assim que ele apareceu na porta impondo aquela diferença de altura que tínhamos.
— Era uma boa noite, mas agora definitivamente é a melhor delas — Respondeu me dedicando um sorrisinho de lado conforme se apoiava na lateral da porta que quase não cabia aquele tanto de homem.
Ele poderia me foder com tanta força que eu não podia quase esperar para conversar.
— Pode entrar — Eu disse dando espaço para que passasse por mim com aquele aroma de Malbec. Todo homem sem vergonha cheira exatamente assim.
Parado na minha sala ele me olha de cima a baixo como costumava ao me ver na empresa, porém dessa vez com muito mais descaro por me ver semi desnuda.
— Quer alguma coisa? — Perguntei nervosamente me referindo a uma água, um vinho ou qualquer comida que eu pudesse oferecer. Seus olhos negros, porém, me indicavam que nada que não fosse eu o deixaria mais satisfeito.
— Você — Disse tão cruamente que senti meu corpo tremer, sendo socorrido pelos braços fortes que envolveram-me antes que eu perdesse a mínima firmeza.
Perto de mim aquele homem moreno, queixo angulado e altivo, olhos negros e barba espessa olhou diretamente a minha boca como se quisesse saber de mim se poderia adentrá-la.
Assenti que sim, atônita com o aperto de sua mão puxando-me até que estivéssemos com nossos corpos colados, meus seios raspando em sua camisa polo, e esperei até que seus lábios atrativos grudassem nos meus.
Quando aconteceu eu segurei em seus ombros entregue a maneira como ele buscava depositar todo seu desejo em mim, movendo a língua, chupando meu lábio inferior e depois mordendo-o até que me encontrasse mole em seus braços.
Seu beijo era afoito, mas ao mesmo tempo também explorador. Doce, sensual e cheio de um desejo primitivo que provocava que da língua toda excitação se concentrasse na fina calcinha de algodão que escolhi para recebê-lo.
— A minha maior fantasia dos últimos anos era provar essa boca gostosa — Ele disse se separando depois daquele primeiro beijo tão irresistível.
— Então prova de novo — Convidei para um segundo decidindo que conheceria o objeto dos meus desejos neste novo contato.
Com minhas mãos mais libertas dessa vez sai da região dos ombros para tocar-lhe os braços, delineando as curvas e apertando as protuberâncias fabricadas por algumas horas de academia. Era tudo tão sólido quanto impressionante.
Passando dali me aventurei no peito deixando alguns arranhões que percebi arrepiar sua pele, deixando o beijo agora ainda mais desesperado.
Descendo mais encontrei os gominhos do abdômen e ao fim de tudo aquele triângulo que dava caminho ao pau que não consegui chegar a tocar, não quando perdi qualquer compostura quando ele começou a me devolver a curiosidade empregada.
E sequer foi lento. Sem quaisquer delongas desceu da base das minhas costas direto para minha bunda apertando e puxando para si até que eu sentisse sua ereção contra minha barriga.
— Para mim? — Questionei dando minha versão de um sorriso travesso enquanto seus beijos passavam para o meu pescoço.
Lambia por ali e chupava em todas as partes, me lembrando que teria trabalho para esconder os chupões mais tarde com alguma maquiagem.
Ele deu um risinho ao escutar-me e puxando meu cabelo até que a cabeça estivesse inclinada beijou minha clavícula antes de me responder.
— Só se você pegar — Avisou trazendo minha mão até seus lábios e beijando dedo a dedo para depois fazer descer até a protuberância em seu jeans.
Apertei com a pressão perfeita a parte marcada e o ouvi gemendo com uma voz grossa afetada pelo desejo. Ele era gostoso em muitos sentidos, faltando-me apenas saber em um: Na cama.
Continuei acariciando aquela parte e deixando que me tomasse em apalpadas cada vez mais famintas que só me empurravam a ir para um lugar confortável.
— No sofá ou no quarto? — Ele questionou sendo cavalheiro o suficiente para me deixar escolher.
— Primeira porta à direita — Indiquei e em ato seguido ele aproveitou o toque em minha bunda para levantar-me em seus braços como se eu fosse uma pena, me conduzindo pela casa até que chegássemos ao colchão.
Ele me deitou sobre o colchão e subiu em seguida retornando os seus beijos para o meu pescoço como tinha feito antes, parecendo querer concluir algo que tinha na mente.
Com sua barba raspando minha pele de forma áspera enquanto me beijava molhado, me deixei levar por aqueles opostos igualmente atrativos até que estivesse no meu sutiã.
Encarando os meus olhos com os seus e não desviando deles Marcelo usou as mãos para descer o hobby pelos meus ombros e depois as alças com os dentes até que eu finalmente estivesse livre.
Dava para ver em sua expressão o quanto estava sedento com o que encontrou e aquilo me envaideceu até o ponto de que o chamei com os dedos até mim, enfiando meus dedos entre seus cabelos para sentir completamente a forma que acariciava meus seios.
Com uma mão ele espalmou um e com o outro começou a sugar como se aquilo fosse sua única forma de viver. Era intenso, quase doía, mas era bom de uma maneira que eu não conseguia não começar a gritar pedindo que não parasse.
Ele lambia, às vezes usava os dentes para raspar nos mamilos enrijecidos e depois enchia seus lábios de mim, trazendo um prazer que se concentrava todo em minha intimidade que começava a ficar tão molhada que eu duvidava conseguir ficar sem aquele homem dentro.
Quando ele fez menção de parar eu quase reclamei, porém calei-me no momento em que percebi que estava indo na direção do meio das minhas pernas.
— Quero ver o quão pronta você está para mim — Ele anunciou envolvendo seus dedos no meio do elástico da minha calcinha e fazendo-a descer por minhas pernas.
Em um minuto eu estava completamente nua e aquele homem estava em cima de mim usando seus dedos grossos para deixar minha boceta exposta para seu degustar inteiro.
— Me chupa — Pedi com um suspiro sabendo que aquele tom viraria sua cabeça. Não me equivoquei.
Quando Marcelo passou sua língua por toda extensão eu segurei com força em seus cabelos o mantendo ali para que fizesse aquilo mais vezes e mais rápido.
Ele repetiu o ato testando minha reação pela segunda vez, dando atenção especial ao clitóris que logo começou a tocar de cima para baixo com a ponta da língua.
Aquele homem sabia chupar e eu não sabia se ficava com raiva dele ser um filho da puta gostoso ou se me sentia uma sortuda. Acho que o segundo cabia melhor, afinal, o jeito que ele deixava a língua na firmeza certa provocava leves choques pelo corpo que mereciam reconhecimento.
— Como você chupa gostoso — Deixei que soubesse muito embora tivesse a impressão de que ele era consciente.
Estivesse acostumado aquilo ou não, meu comentário deu-lhe um dobro de fôlego que em mais alguns minutos me levaram a um orgasmo que fez meu corpo todo ficar quente conforme eu chamava o nome dele.
Sua boca veio na minha assim que terminei de respirar e senti como ele estava ainda mais duro, entendendo sua necessidade de um alívio que viesse de forma urgente.
— Deita — Mandei e ele nos fez rolar pelo colchão até que tivesse trocado a posição. Subi em seu corpo com uma perna de cada lado e me sentei bem em cima daquele pau.
— Senta gostoso? — Pediu e eu queria, mas não ainda então neguei por um momento só para começar a me debruçar de frente para trás tirando a camisa azul do corpo dele.
Sem me apressar ele me ajudou a tirar o tecido de si juntando-o a calcinha e o sutiã do lado da minha cama. Daquela perspectiva e vendo pessoalmente ele era um homem ainda mais bonito.
— É melhor pessoalmente — Afirmei quase me deitando sobre seu corpo para beijar sua boca enquanto ainda me esfregava em cima da sua calça.
Seu beijo veio exigente e suas mãos sequer pararam em meu cabelo. Foi direto para minha bunda para pousar um tapa forte e gostoso. Havia acabado de gozar e sabia que ele faria aquilo de novo comigo.
Desci meus beijos ao pescoço e devolvi cada beijo, mordida e lambida que me deu até que finalmente estivesse em sua barriga trincada desenhando-a inteira com minha língua e depois seguindo para a calça, descendo do seu colo para suas pernas.
Quando cheguei ao botão do jeans abri-o encarando-o. Não perdi nenhum detalhe dos seus olhos que iam ficando cada vez mais apertados conforme eu avançava tirando o tecido incômodo e deixando-o de cueca.
Com uma box branca eu avaliei a ereção que havia despontado ali só por mim, deixando a saliva vir até os meus lábios antes que finalmente liberasse o pênis para mim.
Era de um tamanho médio e as veias se estendiam por todo ele que apontava gloriosamente rígido na direção da minha boca que, sem pudor algum, agarrou-o.
Comecei lambendo o líquido que era expelido pela glande e espalhando algo dele com a boca pelo resto da extensão a qual iniciei uma punheta bem lenta.
Não queria que ele gozasse ainda e garantiria isso chupando gostoso, mas lento.
— Que boca filha da puta de boa — Seus olhos estavam fechados e sua mão passou a envolver novamente o meu cabelo para ter certo domínio de mim.
Não me importei com aquilo, pelo contrário, permiti que fodesse minha boca
ao seu prazer até que senti que estava demasiado envolvido e em ponto de bala. Foi assim que tirei-o de minha boca com seu rosto expressando surpresa.
Me inclinei até a mesinha do lado da cama e tomei um preservativo que abri com toda calma para finalmente envolver seu pau. Ele entendeu o recado. Até mesmo antes de eu começar a descer bem devagar depois da glande encaixada dentro de mim.
Fui deixando que centímetro a centímetro fosse tomando o caminho molhado para dentro de mim até que tivesse finalmente preenchida daquele homem que não conseguia não demonstrar o tesão que tinha em me ter por cima.
— Dá eles aqui — Chamou para mais perto e eu fui oferecendo meus seios para que chupasse enquanto eu começava a subir e descer devagar, sentindo como deslizávamos um por sobre o outro.
Seus quadris se moviam para cima e encontravam os meus exercendo pressão para baixo no meio caminho, causando um impacto dos corpos que nos levavam a borda da loucura que ia nos tomando em suor e expectativa de gozo.
Percebendo que eu estava muito excitada ele me chama a gozar novamente com ele somente masturbando meu clitóris com seu dedo criando uma cadeia harmônica de estímulos que me ajudavam em minha cavalgada em direção a um novo ápice ainda mais forte.
Ele segurou firmemente minha cintura e encheu sua boca com meu seio quando sentiu aquele inconfundível calor na espinha, eu sabia porque vi em seus olhos o momento em que soube que se derramaria com vontade. Mas não deixaria acontecer daquela forma.
— Na minha boca — Pedi saindo de cima para me ajoelhar na cama, tomando seu pau na minha boca depois de jogar a camisinha fora e retomando os primeiros movimentos que fizera em seu pênis com maior rapidez.
Não precisei passar muito tempo ali embora tivesse desfrutado cada segundo até que ele se movesse mais forte dentro da minha boca e finalmente gozasse na minha garganta, me servindo três jatos espessos que fiz o favor de não deixar escapar. Nenhuma gota.
Quando subi de volta na cama me deitei ao seu lado rindo um pouco daquela loucura gostosa que acabamos de fazer. Não daria em nada e sabíamos e era por essa razão que deveria ter existido: as fantasias, ao menos uma vez na vida, precisavam tornar-se realidade…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)