Mãos para o alto!
Pernas separadas. Mãos para o alto. O pau grosso e gostoso me invadindo enquanto eu sorria em satisfação. Esse era o resumo dos meus encontros com Luís e eu estava com o coração saindo pela boca só de imaginar que o próximo estava para acontecer assim que ele entrasse pela minha sala.
Nos conhecemos no nosso tempo de polícia, há dez anos. Eu era uma menina correta, ele um agente faceiro e sabemos quem acaba ganhando quando a combinação era essa. Eu adorava a adrenalina e o perigo e da primeira vez que experimentei a possibilidade de ser pega aos beijos com ele, viciei-me.
Quando ele mudou de unidade ficamos uns tempos sem nos falar. Sem o vínculo de algo mais sério o contato acabou se dissipando e a oportunidade de revê-lo somente se apresentou há pouco.
Trabalharíamos num caso juntos agora que eu era delegada, e ele passou à condição de investigador, e eu não sabia o que esperar daquele moreno que tantos arrepios ainda me causava mesmo anos depois.
— O investigador já se encontra aqui, peço que entre? — Declarou a minha assistente, e eu respirei fundo antes de dar uma resposta positiva.
— Pode mandar entrar e inclusive pode tirar aquele momento de pausa que me pediu. Será uma longa conversa entre mim e o investigador — Concedi, desligando um pouco nervosa.
Ajeitei a saia, analisei rapidamente o rosto e na conclusão de que me encontrava apresentável, eu dei-lhe a permissão depois que bateu na porta.
Em poucos segundos a presença dele preencheu minha sala. Alto, musculoso, um sorriso enigmático e uma pele morena de fazer qualquer mulher cair aos seus pés. Eu ao menos achava que gostaria mesmo anos depois.
— Delegada — Ele falou, me analisando da ponta do sapato até chegar aos olhos sem qualquer minúcia. Ao ser flagrado, como queria, até deu uma leve mordida nos lábios. Ele gostou do que viu também.
— Investigador — Falei, estendendo a mão para que ele a tomasse num aperto, tendo ganhado com isso, na verdade, uma puxada inesperada pela cintura.
— Não precisamos ser tão formais, não é? — Ele disse no meu ouvido, quando meu corpo tocou o seu, seu peito contra o meu e nossas respirações se encontrando. Ele estava acelerado e eu sentia que suava um pouco.
— Não mesmo — Concordei, o envolvendo em meus braços para dar-lhe um beijo no rosto que ele pacientemente fez o favor de desviar para tocar minha boca.
Ele continuava um esperto nato nesse assunto e agradeci quando ele não precisou de muito mais do que aquilo para confirmar que eu também queria aquele beijo entre nós. Aquele beijo de paixão, de fogo, com o gosto quente de voltar a uma língua tão conhecida que sabia fazer exatamente o que eu gostava.
Luís tinha gosto de menta e elegância. De pegada forte na cintura e paciência de quem sabia que nunca era força e sim, um jeito de beijar devagar enquanto a mão corria rápido da base das costas para uma apertada com força na bunda.
— Você está mais gostosa que antes, como é possível? — Falou, quando nossas bocas se afastaram e ele me dedicou selinhos agradáveis. Estava recuperando o seu ar, o que tornava-o ainda mais sedutor.
— Você também está. É agora um coroa gostoso — Mencionei, fazendo-o dar uma risada e outra apertada na minha bunda. Me agradava ainda mais a ausência de uma aliança naquela mão igualmente a minha.
Éramos livres e desimpedidos para fazermos o que quiséssemos, no momento que quiséssemos. E naquele, então, eu queria somente aproveitar o tempo que todo mundo achava que eu estava trabalhando para recuperar, na verdade, o tempo perdido. Estava, em minha mente, ganhando algo de volta.
— Bom… Não sei se coroas conseguem fazer isso aqui — Ele falou e, com apenas uma mãos, me colocou em cima da minha mesa, entrando na minha boca de novo e dessa vez bem mais urgente.
Luís não tinha pressa, mas seu desejo já falava por nós sem que pudéssemos fazer nada mais que aceitar aquilo com o risco delicioso de sermos vistos. Sabíamos que chegaríamos a isso e ninguém se preparou para nada distinto.
— Isso o que? — Questionei, desdenhando daquela sua investida somente para que fosse mais adiante em beijos pelo meu rosto e também pelo meu pescoço o qual começou uma exploração lenta.
Luís me mordia, me chupava e quando eu suspirava, recebia em resposta a sua risada marota que continuava fazendo ecos a cada centímetro ao sul que seu rosto fazia no meu corpo.
— Sem vergonha! — Exclamei, assim que ele abriu os botões da minha calça ficando de joelhos na minha sala. Seria mentirosa se dissesse que aquela não era uma imagem que eu pensei naquele tempo.
— E sem juízo, como você gosta — Ele falou, puxando minha calça até a altura dos joelhos enquanto começava a beijar a minha barriga que ele teve acesso ao levantar minha blusa. Sua boca era divina. Lábios grandes, macios e atenciosos. Luis se utilizava do fato de saber que era bom com eles para continuar descendo lento.
— Você gosta assim, não é? — Era uma pergunta de afirmação. Ele não precisava da minha resposta para saber que quando rodeou o clítoris com a língua, eu vi estrelas.
Seu corpo por si era ciente daquilo. Ele sabia em cada centímetro que eu estava entregue e que, conforme ele me tocava com a ponta da língua, eu me tornava mais sensível. Mordi o lábio, inclusive, para que não fosse tão nítido. Nem a ele ou ninguém que ousasse passar do outro lado das persianas, mas mesmo assim Luís sabia.
Ele era conhecedor do prazer que exercia quando bem lentamente se dedicava a mim. Era instantâneo, suave, quase surreal que ao mesmo tempo que fosse tão plácido, fosse capaz de me conduzir tão rapidamente ao gozo eminente.
Sua língua era uma carícia perigosa. Acelerava meu pulso, revirava meus olhos e fazia o suor pelas minhas costas quase congelar a meio caminho, só para que tudo meu apreciasse o redondear de seu paladar pelo meu gosto inteiro.
Sentindo meus quadris perdendo o controle e jogando-se contra aquele macho delicioso, eu deixei que viesse tudo na sacanagem mais silenciosa: olhos abertos nos dele, seus cabelos ocupando meus dedos e uma mordida no lábio que guardava dentro de mim o maior prazer que um ser humano poderia sentir em poucos segundos.
Aquela onda arrebatadora, aquela falta de ar, aquele desaguar-se na língua dele e, em poucos minutos, sentir-se preenchida facilmente pelo seu pau grosso todo dentro de mim.
Ele não fez muito esforço. Abriu a calça, abaixou suas calças e em seguida viu-se parcialmente desnudo, se protegeu e me penetrou, deslizando fácil pelas dobras tão abertas quanto estavam minhas próprias pernas.
— Eu não esqueço o quanto é bom estar dentro de você — Ele disse, elevando minhas coxas para que encaixasse minhas pernas ao lado da sua cintura.
Assim, olhando no meu olho, ele começou a estocar ritmicamente, deixando que a harmonia do seu corpo sedento tocasse cada nota do meu conforme Luís entrava e saía do meu interior.
Não era lento, mas era reconfortante, pois era tudo prazer, uma vez que eu ficara totalmente melada pelo orgasmo anterior.
O homem sabia como preparar uma mulher e eu recebia-o em toda sua potência em agradecimento, pedindo por mais até que tivesse seus testículos batendo contra minha pele de tão fundo que ele ia toda vez que levantava mais minha perna para separá-las.
— Mãos para o alto delegada — Ele falou, como costumava e eu, sendo nada mais que sua libertina no sexo, me deixei levar pela travessura daquele comando tão comum que eu usava no meu dia a dia.
Era excitante a maneira que ele falava e, por essa razão, cedi sem preâmbulos, colocando os braços para cima e tendo-o prendido atrás das costas por uma mão daquele moreno.
— Você está presa e tem o direito de permanecer… — Disse baixinho, saindo de mim bem devagar — Calada — Concluiu, penetrando com uma potência tão gostosa que soltei um gemido involuntário que foi devidamente corrigido com ele ameaçando com mudar o ritmo para lento.
Pois segurei a cintura com as pernas e naquele entrelaço usei das minhas técnicas para apertar seu pau dentro de mim. Ele conhecia e gostava. Sabíamos que ele não resistiria. Tanto que mesmo com muito custo ele superou a primeira vez, mas já na segunda buscou minha boca para gemer contra meus lábios.
— Você é incorrigível — Admitiu, com a voz grossa falhando conforme eu evocava seu ápice até que estivesse ali, enchendo aquela camisinha que separava nossas intimidades.
Eu queria aquele calor. Eu queria ver seu rosto, queria que não controlasse nada. Aquela pose, aquela marra, aquela saudade, queria tudo sendo liberado de nós quando ele viesse.
— Goza dentro de mim — Falei, mordendo seu lábio inferior. Em um tom próximo do sussurro, consciente de que ele sentiria aquilo diretamente em seu pênis.
Não me equivoquei em nenhuma previsão. Luís gozou em pouco tempo e prendi-o ali até que terminasse de se derramar em mim. O que não ficou na camisinha, entretanto, eu busquei retirar com a língua, lambendo seu pau até que finalmente ele estivesse pronto para ser guardado novamente.
Ele me levantou do chão com uma mão na minha e rapidamente me puxou para um beijo com o seu gosto. Avaliando em minha língua toda minha volúpia em tê-lo satisfeito depois dele ter me feito gozar totalmente cheia de mim.
— Acha que alguém ouviu? — Ele questionou, acariciando meu rosto. Era imponente na cama e o cafajeste mais gentil do mundo fora dela. Perigoso como um martini, uma música caribenha e uma desilusão amorosa.
— Eu dispensei a secretária antes — Avisei, sem fazer muito alarde para receber seu olharzinho presunçoso.
— Estava esperando por isso? — Ele falou, se fazendo de desentendido. Tão pobre e inocente!
— Você também estava, desde que soube que teria que ficar uma semana aqui para trabalhar no caso — Joguei para ele, que não chegou a negar.
— Eu fui mais discreto, ao menos — Luís falou, emendando outro beijo.
Eu não fiz a mínima questão. Entre ser discreta e não realizar minhas vontades, eu escolhia ser sem-vergonha e ser devidamente comida todos os dias ao longo de uma semana em várias posições até que eu ficasse cansada de foder.
Aliás foi exatamente assim que aconteceu por todo tempo que Luís ficou. Sempre do mesmo jeito: Pernas separadas. Mãos para o alto…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)