No laço de um peão
Sempre me considerei uma mulher de gostos refinados: Vinhos importados, roupas de marca e perfumes com preço de carros populares… Por isso nada no mundo me tinha tão confusa quanto quando me vi hipnotizada pelo perfeito antônimo da elegância.
Renato era um peão da fazenda em que a família passava as férias. Cerca de cinco anos mais velho que eu, rústico, pouco eloquente e com o jeito de que em cinco minutos revelava que passava mais tempo com os bichos que gente.
Pela lógica não era para ser o homem que me atraía. Porém, digam-me : Um homem alto, cabelos cacheados escondidos por dentro de um chapéu, braços fortes, olhos penetrantes, músculos bem torneados do trabalho braçal e um sorriso de lado de tirar o fôlego… Não há razão que sobreviva nesses casos, certo?
E abdicando do resto da minha em pouco tempo na fazenda arrumei uma forma de chegar naquele peão sem muitos olhares julgadores: Inventei que me interessava em aprender a cavalgar.
Assim, na primeira hora de uma segunda-feira ensolarada, encaminhei-me ao estábulo para me encontrar com aquele homem delicioso que já me esperava com dois cavalos prontos.
Renato tinha cheiro de sabão de coco e parecia muito à vontade em sua camiseta e calça apertada que denotava mesmo sem intenção que tinha algo impressionante ali para mim.
— Bom dia — Cumprimentei abaixando o meu óculos para encontrar seu sorriso de dentes brancos.
— Bom dia — Me respondeu — A senhora tem alguma noção de montaria? Sabe subir num cavalo? — Neguei prontamente lembrando da minha experiência somente restrita a homens bem diferentes dele.
— Preciso que você me ajude a subir — Esclareci dando a mão para o rapaz que encarou o ato com curiosidade.
— Se me permite — Foi o que disse, como corrigindo minhas maneiras e desceu a mão até minha cintura, tocando cada lado dela com os dedos fechados para alçar-me até em cima. Não foi intencionalmente quente, mas aquilo despertou em mim uma faísca do que eu queria e não hesitaria a incendiar-me a partir daquele então.
— Não consigo me locomover se você não vier comigo — Falei quando ele fez menção de subir no outro cavalo com meu melhor biquinho adorável. Como quem não acreditava por alguns segundos, ele cedeu colocando o pé no arreio e subindo por trás de mim.
— Melhor? — Perguntou mantendo uma distância respeitosa de início.
— Melhor — Afirmei e ele começou a incentivar o cavalo a mover-se na direção do campo aberto onde sugeri que tivéssemos nossas aulas.
O espaço era um pouco mais além da casa principal, mas ainda sim dentro das terras da família. Amplo, arejado e recoberto de árvores altas garantiria a dose perfeita de exibição e selvageria que eu aguardava com aquele homem.
No caminho até lá cuidei-me para seduzi-lo com mais afinco. Aproveitando-me daquele caminho íngreme vez por outra que o cavalo passava por algum declive do terreno eu chegava mais para trás cortando aqueles centímetros entre nós.
O animal fazia e eu fingia ser não proposital o fato de minhas costas chegarem cada vez mais perto daquele peitoral e meu pescoço daquele nariz que eu sentia aspirar o cheiro de forma tímida.
Ele estava gostando e a prova concreta foi seu desnorteio quando descemos próximos de uma macieira para amarrar o cavalo. Suas mãos ainda estavam em mim e pegando pela cintura outra vez para que eu chegasse no chão em segurança.
Quando ele fez menção de se afastar eu segurei o braço forte perto de mim o mantendo em minha cintura, seu rosto com uma mistura de surpresa e curiosidade.
— Eu percebi que você estava sentindo meu perfume — Falei vendo como aquele homem de muita altura engolia em seco pelo flagrante.
— Dona me perdoa eu… — Não deixei que fosse muito longe em explicações. Não queria que ele pensasse muito ou não conseguiria o que queria.
— Só vou perdoar se sentir de perto — Disse objetivamente para ele que mantinha suas mãos em minha cintura, aquele toque promovendo uma calidez absurda em mim apesar das roupas.
Renato sorriu quando a compreensão do que se passava pelos meus olhos se abateu sobre ele. Foram segundos até que concluísse o que fazer e por bem em sua batalha mental ganhou o cinismo.
— Só sinto de perto se você não contar para ninguém — Cruzei os dedos em volta da boca e deixando claro que também não era minha intenção que descobrissem comecei a prender meus cabelos no alto da cabeça.
O peão negou prontamente antes que eu pegasse o elástico e usou habilidosamente os dedos da mão esquerda para conter tudo em seu domínio. Sem mais delongas trouxe o nariz até mim.
Fechei os olhos e senti cada partícula daquela exploração que contrariando o esperado era lenta. Renato iniciou seu caminho da clavícula, passou pelo pescoço e finalmente parou atrás da minha orelha sentindo ali por mais tempo o cheiro daquele pecado que tinha aroma de flores.
Quando o moreno finalmente saiu daquele enclausuramento, nossos olhos encontraram-se. O meu azul, os seus cafés e um desejo inquestionável ardendo entre nós e nos envolvendo num prazer que prometia ser exibido e lascivo. Pareceram horas o tempo que Renato levou até finalmente chegar até meus lábios, roçando a carne macia na minha.
— Você não tem autorização para isso — Eu disse provocando e sentindo sua mão direita que ainda estava na cintura me apertar com uma força pouco medida, mas prometedora. Na boca era um não e na maneira como envolvia o pescoço eu dizia que sim.
— Então a dona me desculpa de outra vez — Falou finalmente colando as bocas num beijo afoito e duro como nunca experimentei.
Seus lábios acariciavam os meus como unhas arrepiando uma pele exposta. Era o prazer de sentir-se consumida, tragada, com a língua tomando o desespero que advinha de um típico macho que sabia o que fazia.
Arfei em meio ao contato, sentindo em nosso enleio o frescor de um galope curto e ritmado pelo ardor daquele peão gostoso que me submetia ao seu querer entregando em troca uma satisfação com gosto de menta.
Renato mordia, lambia e enroscava a minha língua com um prazer que me tinha como um marruá envolvido em seu feitiço. Quisera eu enrolá-lo e terminei eu oferecendo o pescoço para que ele descesse os beijos quando o ar faltou em plena luz do dia.
Ele selou nossos lábios uma última vez e com as pupilas cheias correu uma trilha deles me deixando pensar que tornaria para o início de seu descobrimento. No entanto, desviando caminho acompanhei-o indo até o meu ouvido.
Me encostando contra a macieira Renato mordeu o lóbulo e apertou os meus cabelos dando uma risadinha faceira com o som e me penetrando de forma incisiva e dominante. Era ele impondo sua marca.
— Sua boca é gostosa dona. Quero saber se é assim no seu corpo todinho — Ele afirmou e em ato seguido tirou a língua quente para passar naquele canto sensível me mostrando como faria em mim se deixasse.
Como prova de que deixaria eu enrosquei seus cabelos incitando-o a descer seus beijos até que chegasse na altura dos meus seios cobertos por um a blusa fininha e uma saia jeans.
— Abre as pernas — Mandou descendo as alças da blusa e jogando a saia que me cobria para me deixar só de sutiã. Fez isso me acompanhando observar o movimento da sua boca descendo fio por fio até revelar um sutiã meia taça.
Ao seu comando separei as coxas e abocanhando um seio por cima do tecido Renato usou a mão de prender meu cabelo para iniciar uma subida lenta pelo interior da minha coxa esquerda.
Beijava os seios cobertos e de maneira diretamente proporcional se aproximava da minha boceta faminta daqueles dedos largos e calejados. Queria sentir os tendões dilatando-me e recebê-los molhada até que deslizassem em mim entrando e saindo com força.
Para ter aquilo mais breve eu tirei o sutiã antes mesmo que o despisse do chapéu que também foi embora em seguida.
— Me prova peão — Pedi e puxando-o por seus cachos para que ficasse quase de joelhos dessa vez para que ajustássemos nossos tamanhos em função do prazer.
Renato abriu a boca em torno de um mamilo assim que teve a oportunidade e desde o primeiro segundo se dedicou a fechar os lábios em torno de um que rigidamente o convidava a glória e ao deleite.
Enquanto isso, com o mamilo desassistido o peão dedicava uma mão apalpando e beliscando de maneira que minha calcinha ia molhando a cada prendida e puxada. E quem sabe consciente do que conduzia até mim o homem de cabelos cacheados também aumentava a tensão em penetrar-me dessa vez mais embaixo.
— Sente o meu gosto — Incentivei outra vez denotando o quanto precisava que avançasse com aquela mão.
Obedecendo ao meu capricho Renato trouxe sua mão até o exato meio das minhas pernas, burlando a calcinha de algodão que separava o tato e o tesão de se misturarem em meu interior.
Com o tecido colado ao canto da entrada o homem entrou em mim parando qualquer outra coisa que estava fazendo para que nos víssemos. Olho no olho, fôlego com fôlego, homem e mulher.
Cada centímetro me trazendo uma nova sensação de liberdade e naturalidade. Eu me sentia parte do mais primitivo e menos refinado. Era o sexo puro que estava buscando começando no seu dedo todo dentro e terminando no seu semblante cheio de prazer.
— Que boceta apertadinha você tem — Disse-me e sentindo como eu o abraçava ele começou a foder sem pressa enquanto eu me segurava naqueles braços másculos. O impacto de seu poder sendo atingido também pela árvore atrás de nós que recebia a imponência de Renato que não demorou muito fez menção de se ajoelhar.
Dedicando um último beijo em cada um dos meus seios afastou-me do toque por apenas o minuto de terminar de retirar a blusa e a saia de mim. Quando totalmente nua senti a brisa abater-me aquele macho trouxe a sua língua faminta até minha boceta.
Minha perna estava sobre seu ombro, sua boca nos pequenos lábios e os dedos voltando aquele espaço que engoli-o assim que fez sua entrada. Nos consumíamos sem qualquer segredo.
Sua língua visitava todos os espaços, subia e descia sobre o clítoris e depois circulava em volta do dedo afundado em mim, provocando por fora e me matando por dentro para que eu gozasse ao menos uma vez antes que entrasse com seu pau em mim.
— Goza para mim — Demandou contra minha boceta me encarando com os olhos café e chupando enlouquecido, garantindo em seu assalto a constância necessária para que eu molhasse seus dedos do meu gozo pouco depois de sua anunciação.
Quando apertei seus dedos perdida em gemidos que somente percebi ter dado quando libertei-me percebi o quanto Renato estava orgulhoso de seu resultado. Tanto era assim que depois de me provocar mais um pouco o peão lambeu os dedos até limpá-los em minha frente.
— Quer? — Ofereceu e manchando meus lábios nos beijamos dividindo o meu gosto num beijo com aquele suntuoso gosto de gozo que eu queria retribuir assim que me desse oportunidade.
Esta veio quando seus dedos voltaram aos meus cabelos envolvendo num beijo. Era a deixa que eu queria para finalizar com mordidas e começar a beijar sua pele morena iniciando pelo pomo.
Renato cerrou as pálpebras e aproveitando as sensações deu-me a liberdade de levantar sua camiseta e retirar até que seus músculos estivessem à tona. Eu o lamberia todo.
Não poupei esforços em seu peitoral, chegando a arriscar lambidas por ali que o estranharam um pouco, mas que causou um prazer revelado por um sorriso e um aperto forte.
— Quero sentir o gosto do meu peão — Declarei e segurando sua fivela a abri e tirei o cinto, fazendo o mesmo com o botão de seu jeans que foi abaixado até as pernas por mim e tirado depois por ele.
Sob o sol das seis horas eu vi Renato finalmente como queria. Quase nu, exibindo seus traços definidos de homem do campo e com um volume saboroso na cueca branca. Duvidei que tudo coubesse em minha boca só num olhar menos profundo, mas nada me impediria de tentar.
Dessa forma, sem deixar de olhá-lo, eu me ajoelhei e desci a peça íntima deixando que seu pau fosse mostrado para mim. O mastro duro, cheio de veias e pronto para mim despontou com sua glande derramando uma gota de líquido que lambi prontamente.
— Mais — Falei passando o lábio de baixo acima para no fim sugar a cabeça rosada dentro da minha boca. Foi o começo de uma sucção bem elaborada que combinava lambidas internas e uma massagem feita nas bolas suaves que ele tinha.
Queria beija-lo até ali, mas daria usaria da minha paciência antes disso. Era só para deixá-lo louco, mas não o suficiente ainda para que aquele falo amolecesse em minha boca.
Queria-o duro dentro de mim quando eu cavalgasse e subentendendo minha intenção de ser fodida Renato contribuiu estocando até chegar perto do limite de seu ápice.
Flertou com ele, o tirou para dançar, mas foi a mim que agarrou e tomou num beijo enquanto se sentava em cima de nossas roupas. À procura da minha tirei do bolso uma camisinha que coloquei em seu pau não resistindo em bater uma rapidinha antes de subir em seu colo.
Testei todos os limites daquele peão e minha maior vontade era ir por mais um meu, ou melhor, nosso. Assim, com uma coxa de cada lado e os cabelos soltos caindo por minhas costas eu direcionei a cabeça do pau a minha entrada descendo sobre aquele eixo que segurei pela base.
Alargando-me eu senti Renato totalmente e até o fundo quando suas bolas tocaram minha bunda. Aquele homem todo dentro de mim para que eu desfrutasse do que mais esperei.
Segurei em seus ombros e com um beijo comecei a mover os quadris em primeiro só de frente para atrás, variando o movimento apenas quando senti suas mãos envolvendo minha cintura para que eu encontrasse a maneira de cavalga-lo.
Renato queria ser o professor e deixei que fosse nos primeiros instantes até que quisesse eu tomar a dianteira daquele peão debaixo de mim. Assim, passando os dedos pelos seus lábios tracei seu beijo é o tomei na língua sentando da maneira mais incisiva que eu podia.
O peão abraçando minhas costas, nossos gemidos escapando do beijo, o sol, a brisa, os dedos se ficando na pele e o abraço sem se soltar enquanto suávamos com o esforço e a luxúria.
Quando o gozo dele começou a crescer em seu quadril eu senti. Senti naqueles mais de quinze centímetros dentro, nas bolas ficando quente e nos gemidos roucos dominando o ambiente e ameaçando o peão de ser derrubado em menos de oito segundos.
Ele lutou com o gozo, se desesperou, mas não pode comigo quando sentei mais rápido raspando minhas coxas com as dele para que gozasse. Por vingança ou retribuição, o peão começou a me masturbar também.
Com aquela safadeza tão mútua chegamos ao gozo quase em conjunto, sendo estimulados por nossa própria vontade que foi ascendente como nossa trajetória até aquele final. O final em que nos derramamos e caímos no chão respirando ofegante.
— E isso fica comigo — Disse o peão pegando minha calcinha e colocando dentro do bolso do jeans sem que eu entendesse nada ainda desfalecida — É para você vir buscar — Explicou.
— Não te dei essa autorização — Brinquei e em resposta recebi outra enlaçada daquele peão peão que ainda me comeu de todas as maneiras até que eu fosse embora…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)