Café da manhã
— Mas eu tenho que ir — Reiterei tentando me livrar daquele abraço cálido com o qual era envolvida. Ela me segurava vestida apenas com nosso lençol e espalhando beijos por minhas costas.
— Não tem, não — Disse com sua voz baixinha tocando minha pele desnuda com seus lábios continuamente. Era a maior maldade do mundo inteiro.
— Eu gostaria de faltar o trabalho mas hoje é sexta-feira e eu tenho muito para fazer na revista — Pontuei me virando para me soltar, mas nesse ínterim me encontrei com aquelas jades absurdamente penetrantes. Erro de principiante.
— Eu sou a dona daquela porra, Lua! Se eu digo que você não tem que ir trabalhar você não tem — Demandou passando de pura ternura a uma postura decidida. Até me soltou e ainda me encarou com uma carinha de brava que era definitivamente pior que a de cachorrinho sem dono. Eu era rendida pela versão filha da puta
— Acho que o seu pai, o dono de fato, discorda Juliana — Eu falei. Germano era um homem duro e intransigente, não admitia atrasos e desculpas esfarrapadas. Eu não me arriscaria nem pelo traseiro mais gostoso do mundo.
— Não discorda. Quer ver? Me passe o meu celular e se quiser eu ligo para ele — Propôs deixando a decisão comigo. Por saber que ela daria com a cara no chão eu mesma dei o aparelho em sua mão.
— Bom dia, Germano, tudo bem? É sua filha Juliana — Disse e aguardou sua réplica — Quem mais seria? — Começamos bem. Rindo eu já fiz o favor de me sentar. Ele comeria a filha com farinha e ela quem pediu por isso.
Eu e Juliana estávamos juntas tinha alguns meses. A conheci como a filha irritante do meu chefe e relutei em dividir qualquer mínimo espaço com aquela presença fútil, mas era claro que a raiz daquela antipatia tinha um pouco de atração. E como eu negaria? Branca, alta, olhos verdes e cabelos pretos grandes. Ela parecia uma boneca de porcelana e sua boca era o segundo lugar mais quente do mundo. O primeiro era sua bocetinha, claro.
— Estou te ligando porque estou com a Lua — Ela disse e agradeci por não estar tomando nada. Ao contrário disso eu teria lindamente engasgado. Seu pai não sabia de nós e ela… — Eu sei que o senhor não gosta que eu monopolize seus funcionários, mas era caso de vida ou morte. Eu encontrei com a Lua mais cedo na empresa, porque ela sempre chega antes do horário como você sabe. E ela me amparou quando passei mal… — Não acreditei no rumo da conversa, mas segui atentamente até onde iria o teatro da diabinha revestida em corpo de anjo.
— Não não precisa vir me ver, a Luana fica comigo enquanto eu estiver no hospital para investigar o que me deu de tão súbito. E claro que digo a ela para cuidar bem do seu bebê — Afirmou e no final forçou uma voz baixinha e fraca de cortar o coração.
— Passar mal? Cuidar do bebê dele? Você é maléfica Juliana Santiago — Eu disse quando ela jogou o celular vindo na minha direção. A morena ficou a centímetros do meu rosto e quando estava prestes a me beijar deu um sorrisinho maldoso.
— Passei mal na sua língua com a tanto que você me chupou ontem a noite — Falou lambendo meus lábios e quando quis aprofundar ela se negou se afastando
— Agora cuida bem gostoso de mim com esses dedos — Pediu ela se esparramando na cama totalmente nua. Os cabelos contrastando com o lençol branco que era testemunha do fogo interminável daquela mulher.
— Você merecia era umas boas tapas, isso sim — Eu falei subindo por cima dela mantendo minha coxa em contato com sua boceta. A safada fez questão de rebolar sua intimidade naquele espaço até umedece-lo.
— Então por qual razão sua mão não está na minha bunda agora? — Disse e em ato seguido virou-se para ficar de quatro para mim. Juliana era consciente do que aquela posição causava na minha estrutura.
— Filha de uma mãe — Proferi. Não era nem sete da manhã e eu tinha aquelas bandas branquinhas nas minhas mãos para que as deixasse bem rosadas. Não hesitei um único segundo, portanto. Ela queria ser cuidada? Não haveria quem me impedisse de distribuir beijinhos pela marquinha dos meus dedos depois que ela levasse aquelas palmadas.
Assim, abri bem suas pernas para ter um bom vislumbre de sua boceta. Pequena, proporcional aquela mulher, com lábios irregulares, aquele ambiente pedia pela minha língua de novo. E não neguei. Sacando a língua para lamber minha boca eu cheguei até ela, sentindo de golpe o gosto e o aroma inexplicável de mulher gostosa que ela transmitia.
Era deliciosa, cheirosa, e macia como poucas que experimentei em minha vida. Foi por essa razão que sem demora coloquei a língua na sua entrada e comecei a meter propositalmente lento.
— Me fode rápido — Não demorou cinco segundos em reclamar e sorri ainda sem parar de fazer aquele oral naquela herdeira mandona. E quanto mais ela não me deixasse “cuidar” mais eu gostaria de fazê-lo.
Dessa forma, sentindo o seu buraquinho preenchido com a ponta da minha língua eu proferi meu primeiro golpe na sua nádega esquerda. Nada tão forte que a espancasse, mas nada tão fraco que fosse confundido com carinho comum.
Juliana me respondeu com um gemidinho manhoso e empinou-se todinha mais na direção da minha boca quase sentando na minha cara enquanto eu estava de joelhos fora da cama.
Era a morena mais gostosa que eu já senti e com toda certeza ela sabia disso. Se aproveitava, inclusive, esfregando a boceta contra minha língua enquanto eu colocava e tirava deixando-a cada vez mais lubrificada.
O segundo e o terceiro tapa, por essa razão, não demoraram para pousar sobre ela que mais se inclinava para mim buscando o contato do meu paladar cheio de fome de sua boceta. Eu acarinhava os lábios, a borda do clítoris e quando a pele arrepiava voltava aquele entra e sai frenético.
E querendo que ela tivesse mais daquilo fui loucamente atrás e seu ápice masturbando seu clítoris rígido com uma das mãos que deram o quarto e o quinto tapa em sua bunda que já estivera suficientemente marcada naquele então. Cheguei ao lugar cheio de nervosos e colhendo algo de sua lubrificação já ousei deslizar sobre ele com movimentos circulares, rítmicos e sentindo a textura enquanto se contraía perto de mim. Era tão acolhedor e quente me revirava inteira em prazer de somente dedicar a Juliana.
— Eu tô tão perto, gostosa. Chupa com gosto — Falou como se mandasse em mim, mas sabendo que eu detinha o controle do seu gozo. E era por aquela razão que não me deixava pensar quanto quase me tirava o ar enquanto buscava atingir o máximo júbilo.
Não negaria aquilo a ela. Juliana precisava e alguma vez a cuidei, lambendo pacientemente até que estivesse bem perto, oscilando entre dedicar lambidas no clitóris e passar a penetrar com dois dedos alargando-a.
— Eu vou… — Ainda anunciou antes de quebrar em meus braços, gemendo ainda mais sublimemente até que finalmente caísse na cama com um sorriso de orelha a orelha olhando para mim assim que me deitei ao seu lado para chupar seus seios.
Eu a conhecia o suficiente para saber que ela adorava sentir meus lábios nos biquinhos duros até que recuperasse sua respiração. Eu sugava com os dedos ainda dentro olhando os olhos verdes.
— O jeito que você me come vale qualquer mentirinha, sabia? — Falou me puxando para um beijo que sentiu seu gostinho em mim. Sua língua dançando na minha sentia cada partícula daquele contato nosso que era tão intenso.
— Eu só faço como você gosta — Justifiquei nos colocando de lado enquanto nos beijávamos com vontade.
Juliana, esperta como era, já foi colocando minha perna encaixada no seu quadril para que me comesse enquanto a gente se tocava de um jeito primitivo.
Abri para aquela morena entrar e sem que fosse nada demais ela foi chegando ao meu clítoris, mexendo nele para cima e para baixo como se estivesse fazendo um carinho que detinha um absurdo sincronismo com nosso beijo.
Minha pele estava arrepiada e meus seios deleitavam-se do contato com os dela conforme ela se movia para que roçássemos a nossa anatomia. Era a símile do que compreendíamos como estar em pleno estado de prazer antes do gozo.
— Você é tão gostosa, quero que goze nos meus dedos — Ela confessou conforme meu rosto passava por perto do seu. Era um jeito perigoso de se perder, mas já que estávamos mentindo já valia a pena um último minuto ali.
Me deixei levar na maneira como ela exercia o seu desejo em mim. Em cada passo do seu tato, no som que era produzido pelo encontro de nossas bocas, tudo para que eu gozasse sem precedentes.
Veio de forma molhada, esperada e forte. Gritei no seu beijo lento e fui imediatamente acolhida e engolida por aquela mulher que segurou cada espasmo meu até que finalmente tudo cessasse e eu fosse a parte boa e restante daqueles segundos planando sobre o absurdo.
— Muito melhor ter ficado não é? — Perguntou e me beijou de novo daquele jeito que confidenciou que aquela transa era só o café da manhã. As outras refeições degustaríamos devagar bem ao longo do dia…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)