Antes que eles voltem
Virei ela devagar na minha direção. Seus olhos negros ardiam em um desejo que era muito conhecido por mim. Sabrina era uma mulher linda, extremamente sensual e, todas as vezes que meu toque chegava a sua pele, provocava uma lenta explosão. Estávamos em seu quarto, seus pais haviam saído e ela me confessou que não tínhamos muito tempo.
Interessante – Pensei. Afinal, nunca precisei de muito para deixá-la no ponto necessário. Bastava somente pular sua janela, entrar sorrateira e tomá-la num beijo fortuito. Aquela garota adorava uma pegada mais selvagem e eu não negava seu pedido em nenhum centímetro.
Por essa razão eu rodeei sua cintura com meus dedos e puxando-a até meus braços, tomei sua língua na minha. O gosto de café ali presente me inebriou no minuto em que a senti derreter. Chupei o lugar, trouxe para minha boca e, na despedida urgente, pressionei seu lábio inferior entre meus dentes. Ela, em resposta, apenas apertou mais meus cabelos em seus dedos de unhas curtas.
– Preciso de você dentro – Falou com a sua típica pressa, mas como eu sabia que ainda não estava preparada, apenas a beijei outra vez, passando minhas mãos pela sua bunda redondinha que cabia perfeitamente em minhas palmas. A encostei na parede e ali mesmo comecei a descer os beijos.
No pescoço, liberei boa parte de minha vontade. Com a língua subindo da clavícula e parando perto da nuca, fui deixando algumas marcas propositais sob seu protesto confuso de “não faz” misturado com “me marca todinha”. Sua controvérsia era igualmente excitante e me incentivava a ir adiante naquele momento proibido.
Fui seguindo o caminho dos seus gemidos. Conforme Sabrina emitia seus sons incontrolados, mais eu me entregava com boca e mãos. Cheguei ao seu decote dessa forma e ali fui colocando meus lábios sem nem tê-la nua. Inalei o cheiro que adivinha dali, lambi a curva da pele e depois apertei aquelas protuberâncias com minhas mãos. Por cima do tecido iniciei uma massagem.
Sentia-o inteiro, fiz arranhões leves pelo lugar e ao chegar nos mamilos, os tomava em formato de pinça, puxando com o dedo médio e o polegar. Com a boca eu mordia por cima do tecido e, depois que ela muito implorou, também por dentro. Abaixei sua roupa leve, sem sutiã, e cai de boca em seus seios.
Comecei abrindo a boca por inteiro, tomando tudo que podia até quase me faltar o ar, ouvindo como isso a afetava. Depois, parti para uma sucção contínua sob suas auréolas que ficavam mais e mais intumescidas conforme eu estimulava.
– Não consigo esperar, Isabela – Me pediu, e eu somente continuei o meu assalto. Sabia o que estava fazendo e era perfeitamente consciente de como poderia fazê-la aproveitar todo prazer oferecido. Dessa maneira, apenas permaneci mamando em seus seios até que os senti totalmente durinhos. Foi nessas condições que finalmente fiquei de joelhos.
Encarando Sabrina no escuro do quarto, seu cabelo bagunçado pela firmeza que os segurei em nossos beijos, a boca brilhando de nossos beijos anteriores, o peito farto subindo e descendo que acabei por ficar completamente tomada. A visão de uma mulher aguardando avidamente por sua língua é, sem dúvidas, uma das coisas mais lindas que já criaram na natureza.
Imbuída daquela esfera de excitação a qual fui envolvida, abaixei seu short. Beijei a calcinha que cobria sua boceta e com toda calma que eu não tinha, a puxei mais para o lado. Passei minha língua da entrada até o clitóris, conforme a levantava para estar na altura do meu ombro.
Sabrina arfou prontamente e segurou meus cabelos longos em suas mãos. Fiz novamente, mas agora de baixo para cima, penetrando-a com minha língua repetidas vezes. Ela me segurou parada ali, me pedindo que fizesse de novo e atendi da exata forma solicitada: Rodeando seu nervo ereto, sugando-o e, depois, descendo até a entrada que estocava com a mesma língua que subia para fazer o mesmo processo.
Sentia que ela estava cada vez mais aturdida. A pura imagem da mulher que sabia o que a esperava e só queria o mais rápido que poderia ser dado. Sedenta pelo que viria, não importava como. Por essa razão interrompi o sexo oral que fazia e me levantei para sua confusão.
Não esperei que perguntasse muito, apenas abri a gaveta do seu quarto e tirei a cinta que eu sabia que ela guardava para mim. Voltando para sua boca num beijo faminto, eu a penetrei novamente, agora molhada como era devido. Entrei com muita facilidade e sua intimidade aconchegou bem aquele vibrador.
Beijando sua boca e deixando que ela amassasse meu cabelo, minha roupa e tudo que quisesse, comecei a estocar em entradas lentas, até que sentisse tudo aquilo entrar o mais fundo possível pelo que era permitido naquela posição: sua perna em minha cintura, segurada ali, e a outra abaixada. Minha mão no meio de nós buscando atrito com seu clitóris.
Quando cheguei nele outra vez, ela mordeu meu ombro. Beijou dali ao pescoço e absorvendo do meu cheiro foi dando seus gemidos em primeira mão para o meus ouvidos, me empurrando a entrar e sair com cada vez mais gana e a tocá-la com cada vez mais pressa.
Meu dedo médio esfregava seu clitóris ao mesmo ritmo que eu entrava dentro e a combinação foi o suficiente para que ela gozasse em meus braços, com as pernas tremendo e tendo que ser levada até sua cama.
– Você acaba comigo do melhor jeito – Ela me declarou, sem nem me deixar respirar. Veio logo tirando minhas roupas com uma avidez de dar-me o mesmo que dediquei. Apenas desfrutei daquilo.
Sentada em suas coxas, deslizei como ela pediu até que estivesse na altura do seu rosto e desci, concentrando minha força bem nas pernas. Era a posição perfeita para que ela somente levantasse um pouco a cabeça e poderia penetrar-me com sua língua. Assim o fez.
Com a língua, foi logo tratando de atingir meu clitóris, abaixando e levantando a ponta com tamanha rapidez que sequer teve que fazer muito esforço para me ter no ponto que queria. Sabrina também conhecia meu corpo muito bem.
Tanto que, quanto mais eu rebolava em sua língua, mais ela repetia o movimento acrescentando um tapa na minha bunda ou um elogio quase abafado pelas minhas pernas. Ela me chamava de “gostosa”, me dizia que “só comigo era assim” e aquilo me deixava em ponto de bala.
O orgasmo veio quando ela, além de tudo, ainda trouxe dois dedos até mim, me fazendo cavalgar neles até que fosse impossível não me desfazer de sua boca gostosa sugando meu clitóris com desespero.
Flutuei naquela sensação por vários segundos até que finalmente estivesse de volta a sua cama, dessa vez do seu lado. Quase fui embora assim que acabou, mas Sabrina insistiu que eu ficasse até que seus pais chegassem.
Aproveitamos bem a noite toda, nas outras vezes sem fazer tanto barulho e fui embora do mesmo jeito que sempre entrava: pela janela, aguardando quando aquela mulher a abriria novamente para mim…
Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)